A dificuldade está dentro de nós?
Sim! Mas a solução também está dentro de nós.
O mundo dos pensamentos carrega o mundo material em sua esteira. Basta imaginar coisas, e elas provavelmente existirão em você. Até certo ponto, você cria a realidade que o cerca, como se fosse um pequeno deus de suas redondezas.
Cada um de nós só percebe a fração que nossa consciência registra através de nossos sentidos e nossas afinidades. Ao filtrar a realidade e admitir apenas algumas ideias, pessoas e situações que concordam conosco, estamos de certa forma refletindo nossa própria imagem.
Isso que dizer que as pessoas nunca conhecem a realidade, mas apenas a si mesmas através dessa realidade?
Isso é bastante obvio quando consideramos as vastas limitações de nossos sentidos, que ficam claras quando pensamos nas máquinas que captam ondas de alta e baixa frequência que nossos ouvidos não percebem, ou nos microscópios e telescópios que aumentam nossa capacidade visual. Nem sempre entendemos com igual clareza que a observação de nossas redondezas e dos eventos que nos afetam é um dos melhores métodos de autoconhecimento, pois tudo o que nos perturba no mundo exterior é um sinal da falta de reconciliação com um princípio análogo em nosso interior.
Como assim?
É como se a avareza de outra pessoa só pudesse perturbar alguém que é avarento, pois um indivíduo generoso consideraria esse atributo apenas um fato, sem ser afetado por ele.
A maior parte do sofrimento humano resulta da resistências às circunstâncias que nos cercam e dos atritos entre seres humanos e as leis deste mundo. O homem sábio está em harmonia com tudo que existe. Exerga a realidade e reconhece que tudo o que existe é bom. Ele já não enxerga os atritos. Sabe que não há nada a ser melhorado neste mundo, mas há muito a ser melhorado em cada pessoa.
Só existe uma maneira de mudar o mundo: mudar a si mesmo!
